jueves, 29 de agosto de 2013

Segundo Workshop Argentino-Brasileño de Historia Comparada (Buenos Aires, 11 al 13 de septiembre 2013)


En dos semanas se va a realizar un interesante encuentro para debatir sobre la historia de Brasil y Argentina:

Programa del II-WAB: Segundo Workshop Argentino-Brasileño de Historia Comparada


Sede: Centro Cultural Brasil-Argentina (CCBA), Av. Belgrano 552, San Telmo, Buenos Aires.



El 11 de septiembre a las 11.50 hs vamos a presentar la siguiente ponencia: 

"Argentina e Brasil frente aos Estados Unidos:
o conflito de Santo Domingo e a transição rumo ao alinhamento" 
 
Leonardo da Rocha Botega (Univeridad Federal de Santa María) y Leandro Morgenfeld (Universidad de Buenos Aires/CONICET)


A história das relações exteriores de Brasil e Argentina frente aos Estados Unidos é marcada pela oscilação entre momentos onde prevaleceram projetos autônomos de inserção internacional e momentos de predominância da concepção de alinhamento automático. Estes diferentes momentos também marcaram as próprias relações entre os dois países que, ao longo de suas histórias pós-independências, oscilaram entre a aproximação e a rivalidade. As próprias percepções estratégicas de Portugal e Espanha ao longo de três séculos de colonialismo contribuíram muito para tal fato.
Ao longo de todo o século XIX, o Cone Sul foi uma região marcada por intensos conflitos bélicos, que em sua maior parte colocaram em lados opostos as estratégias regionais de Argentina e Brasil fomentando desconfianças e a percepção de que a região estaria em um constante compasso de espera a um enfrentamento entre os dois países. Com a proclamação da República no Brasil em 1889, as relações bilaterais tenderam a serem menos tensas, porém não deixaram de serem oscilantes. No início do novo século houve um estremecimento de relações devido a interpretação da chancelaria argentina de que o projeto naval brasileiro impulsionado pelo Barão de Rio Branco seria a expressão de uma vontade hegemônica que alterava o equilíbrio regional. Foi justamente durante o período da diplomacia de Rio Branco que nasceu o primeiro grande projeto de integração regional o Pacto ABC. Este projeto acabou naufragando diante das diferentes perspectivas estratégicas de inserção dos países no cenário internacional nas primeiras décadas do século XX, pois, enquanto a diplomacia argentina aliava-se incondicionalmente a Grã-Bretanha, o Brasil tornava-se um porta-voz do Pan-americanismo proposto pelos Estados Unidos. Tal fato se agravava ainda mais com a constante rivalidade entre Argentina e Estados Unidos ao longo da primeira metade do século XX.
Estas diferentes estratégias de inserção dos dois países no cenário internacional continuaram a prevalecer durante os governos Vargas, no Brasil, e Perón, na Argentina, que apesar da suposta proximidades ideológicas mantiveram certo distanciamento, sobretudo, nos debates da Segunda Guerra Mundial e no imediato pós-guerra. Nem mesmo a proposta peronista de retomada do Pacto ABC, em 1950, serviu como canalizador de uma aproximação mais sólida entre os principais países do Cone Sul. 
O momento mais propício e de maior aproximação entre os dois países ocorreu justamente quando Brasil e Argentina buscaram um projeto autônomo de inserção internacional, quando os governos de ambos os países convergiram no que diz respeito aos principais temas da política internacional.(...)

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